O cineasta argentino Marcos Carnevale em 2005 deu um exemplo de que amor e paixão, através do seu filme ELSA E FRED. Desta feita, ele volta a falar sobre o amor, numa situação muito especial. Goyo é um jovem autista que estudou a história da arte e se apaixonou pela obra de Van Gogh. Ele foi trabalhar no Museu de Artes de Buenos Aires e, para cada grupo de visitante, esbanjava conhecimento sobre tudo aquilo que estava exposto, trabalhava por amor à arte. Num dia chuvoso, de repente ele vê uma mulher às voltas com seu guarda-chuva e simplesmente seu coração bate mais forte. Naquele momento, Goyo percebe que foi tomado por uma intensa ternura e uma arrebatadora paixão por aquela mulher desconhecida. Tem gente que fala que é coincidência, enquanto outros acreditam que seria destino, mas a verdade é que Goyo descobre que Eva, aquela mulher especial, trabalha como vigilante no Museu de Artes. Embora o amor seja expresso e experimentado de forma diferente de pessoa para pessoa, aqueles com autismo são totalmente capazes de formar conexões emocionais profundas. Goyo, com toda a sua dificuldade de entender as regras sociais, a maneira como os outros usam palavras ou linguagem corporal, pode expressar seus sentimentos de forma inadequada. Além disso, Goyo terá que conquistar Eva, que perdeu totalmente a fé no amor, depois de um casamento despedaçado. O filme GOYO nos ajuda a entender como as pessoas com autismo acham difícil mostrar ou expressar suas emoções das maneiras que são socialmente esperadas delas, sendo por isso muitas vezes mal interpretadas e tidas como apáticas. Um filme comovente e profundamente envolvente, permeado de muita ternura e afeto. GOYO, a nossa dica cinematográfica disponível na plataforma Netflix. Para acompanhar as cenas do filme, nada melhor do que fazer justiça à uva campeã de preferência dos argentinos, a Malbec.
