CRIMES DE FAMÍLIA

Enviado por admin em dom, 08/23/2020 - 12:48
Depois de seis anos do seu primeiro longa metragem em que assinou também o roteiro, o cineasta argentino Sebástian Schindel volta a produzir uma história mais atual do que nunca.

Depois de seis anos do seu primeiro longa metragem em que assinou também o roteiro, o cineasta argentino Sebástian Schindel volta a produzir uma história mais atual do que nunca. CRIMES DE FAMÍLIA, Alícia, interpretada pela atriz argentina Cecília Roth e Ignacio, protagonizado por Miguel Ángel Solá, formam um casal típico de classe média alta. Alícia nas aulas de ioga, chá da tarde com as amigas, tenta aplacar a dor que sente com a prisão do filho Daniel acusado de agredir a companheira. Enquanto isso, o pai Ignacio não se compadece tanto do filho, que depois de tantos desatinos profissionais, aderiu ao descaminho das drogas. Se por conta da violência do filho contra a nora, Alícia se vê privada de conviver com o neto. Em contrapartida,  Gladys a empregada  da família,na condição de mãe solteira, permite que o filho desempenhe o papel de neto da patroa. A incerta estabilidade do casal Alícia e Ignacio se vê confrontada quando é cogitada uma investida jurídica para livrar o filho Daniel da prisão. O drama familiar não se restringe a isso, uma vez que a empregada Gladys acaba sendo o pivô de uma ocorrência policial, capaz de abalar por completo os alicerces frágeis daquela família. A partir desse momento, temos uma nova dinâmica na narrativa cinematográfica de consequências rigorosamente imprevisíveis. De repente uma família aparentemente sólida, diante de dois processos judiciais pode sofrer abalos que repercutam na imagem moral e no própria condição social do casal. Nas barras do tribunal pode estar sendo decidido não só o futuro do filho, como da empregada e da própria família. O cineasta Sebástian Schindel para sustentar o clima de suspense da sua narrativa, foi procurar respaldo no próprio código penal argentino para pesquisas os crimes intrafamiliares. Por trás dos processos judiciais muitas vezes temos uma enorme tragédia humana, que se torna maior a partir da própria incapacidade de se trabalhar com a culpa. Talvez o remédio para essa culpa, esteja na capacidade de se reconhecê-la!