A mergulhadora de trampolim mexicana Azul Almazan foi finalista na Olimpíada de Sidney na Austrália em 2000. Ela foi vítima de assédio por parte do seu treinador, o que acabou provocando uma crise no comitê olímpico mexicano. Por conta da enorme pressão ela teve que deixar o seu país, deixando que seus pais lutassem por ela na justiça. Essa história, marcada ainda por inúmeros episódios de sofrimento por parte da atleta, foi suficiente para render um filme. A cineasta argentina Lucia Puenzo leva então para as telas do cinema a história de Mariel, brilhantemente interpretada pela atriz mexicana Karla Souza. Muito além do enorme dispêndio de energia física que os treinos e as competições pudessem acarretar, o pior ficou por conta das emoções geradas pela violência e o assédio sofrido ao longo da carreira. A trajetória de uma atleta como da personagem Mariel, mostra que o preço a pagar por um sonho acalentado durante uma vida, pode ir muito além da capacidade física e mental. Para contar a história a cineasta argentina contou com a participação da própria Azul Almazan, graduada pela Universidade de Houston, em licenciatura em Condicionamento Físico e Recreação. Foi a sua experiência vivida que enriqueceu o roteiro do filme mostrando como existe uma certa tendência de normalizar questões como o assédio sistemático e psicológico que se incorporam dentro do próprio cotidiano das pessoas. O filme é uma co-produção americana, mexicana e argentina. O MERGULHO, a nossa dica cinematográfica disponível na plataforma Amazon Prime.