UM BRASILEIRO NO SPAGHETTI-WESTERN.

Enviado por admin em sab, 11/04/2017 - 18:18
Anthony Sttefen com o cineasta Sergio Leone no Set de filmagens do filme SODOMA E GOMORRA.

Para quem aprecia o spaghetti-western e assistiu boa parte desse gênero cinematográfico que marcou época, por certo  lembrará de personagens famosos como Django, Sartana,Shango, Garrinco e muitos outros. Esses personagens foram vividos na tela pelo ator Antohny Steffen. Agora, o que nem todo mundo sabe é que Anthony Steffen na realidade era o pseudônimo do brasileiro Antônio Luiz de Teffé. Ele foi registrado como sendo natural do Rio de Janeiro, mas nasceu na Embaixada do Brasil em Roma, pois seu pai era o embaixador brasileiro Manuel de Teffé, que antes de se tornar diplomata foi plioto de corrida e fundador do Circuito da Gávea no Rio de Janeiro. Antônio sempre teve uma profunda afinidade com a arte da representação e sua primeira oportunidade surgiu atrás das câmeras, pois como assistente de cinegrafista começou a trabalhar em Cinecittá, a Hollywood de Roma em 1953. Nesse mesmo ano já se tornava diretor de segunda unidade, o que foi praticamente um passo para que ocupasse o lugar à frente das câmeras.  Em 1962 Anthony Steffen foi  escalado para atuar no épico SODOMA E GOMORRA clássico dirigido por Robert Aldrich, mas que contou com a direção de segunda unidade por parte de Sergio Leone, que ficou com todas as cenas rodadas em Cinecittà. Anthony Steffen aproveitou bem o período de efervescência do gênero spaghetti western e construiu uma filmografia total de 67 filmes. Em outros gêneros não se deu tão bem, já que a sua marca acabou sendo forjada na pele daqueles personagens que eram a atração para um grande público. Dentre seus filmes de maior relevo os destaques seriam para JOHNNY TEXAS (1966), DJANGO, O BASTARDO (1969), UM HOMEM CHAMADO SABATA (1970), UM HOMEM CHAMADO DJANGO (1971).

Anthony Steffen encerrou sua carreira cinematográfica em 1991 através do filme Amante de Lady Chatterley. Anthony Steffen ficou conhecido por aqui como o Django brasileiro, ele retornou ao Brasil nos anos noventa sendo que em 2002 passou a lutar contra um câncer. Ele faleceu em 2004 aos 74 anos, deixando três filhos, Manuel, Luiz e Chiara.