Este é o título da produção de 2021, inspirada na peça do francês Florian Zeller, que tem a oportunidade de dirigir o seu primeiro filme longa-metragem. A adaptação do palco do teatro para a tela do cinema, foi feita pelo conceituado roteirista Christopher Hampton. MEU PAI, tem Anthony Hopkins vivendo o personagem Anthony, um idoso que não percebe que está perdendo a batalha para a demência. Anthony apresenta um declínio cognitivo degenerativo, afetando sua memória, numa mistura de confusão e desorientação. Sua filha Anne, interpretada pela atriz Olivia Colman, que devotou parte considerável da sua vida para cuidar do pai, percebe que está diante de uma outra pessoa. Nesse momento, surge a oportunidade para que Anne possa reconstruir a sua vida sentimental, ela que sempre se dedicou a figura paterna, percebe que o pai não tem condições de conduzir sua vida de forma autônoma naquele apartamento. O cineasta Florian Zeller, cismou de contar uma história que muitos evitam tomar conhecimento, a mortalidade. O estilo de narrativa de MEU PAI, prega uma peça nos espectadores, fazendo com que todos embalem nos delírios de Anthony, confundindo o que é real com o que é fruto da imaginação. O caminho escolhido para contar essa história, transita por uma via emocional, o que causa desorientação, pelas próprias contradições mostradas no filme. Aquele apartamento é uma espécie de território de Anthony, permitindo ao espectador, acompanhar o estado mental do personagem central do filme MEU PAI. Uma história que mostra o intervalo entre a demência e a morte. A trilha sonora foi composta pelo italiano Ludovico Einaudi que no melhor estilo minimalista pontua a rotina das cenas imprimindo seus conceitos filosóficos e estéticos. MEU PAI, a nossa dica cinematográfica, disponível na plataforma Amazon Prime Video.