TRIBUTO PARA MICHEL LEGRAND

Enviado por admin em dom, 02/24/2019 - 10:38
Se estivesse vivo, o compositor Michel Legrand estaria completando neste dia 24 de fevereiro, 87 anos.A formação recebida no Conservatório de Paris, estudando composição com os dois maiores expoentes do século XX, Nadia Boulanger e Henri Chaland serviram para justificar o enorme talento deste pianista, compositor, regente e fenômeno musical chamado Michel Legrand.

Se estivesse vivo, o compositor Michel Legrand estaria completando neste dia 24 de fevereiro, 87 anos.A formação recebida no Conservatório de Paris, estudando composição com os dois maiores expoentes do século XX, Nadia Boulanger e Henri Chaland serviram para justificar o enorme talento deste pianista, compositor, regente e fenômeno musical chamado Michel Legrand. O compositor Michel Legrand sempre foi um amante do jazz e dentre seus trabalhos para o cinema, poderíamos citar pelo menos dois, em que ele vai fundo nesse ritmo que conquistou o mundo. O primeiro deles foi para o filme de Louis Malle de 1958, ASCENSOR PARA O CADAFALSO, com Legrand trabalhando ao lado de Miles Davis. O segundo foi para o filme de Joseph Losey de 1962, EVA, com Jeanne Moreau. Apenas esses dois trabalhos podem oferecer uma percepção clara do enorme potencial e influência jazzística no trabalho de Michel Legrand.Não resta duvida de que a música de Legrand tinha um caráter universal, bem por isso ela era admirada no mundo todo. Claro, sua música sempre se mostrou pertinente ao filme, mas era capaz de ter vida própria, separada das imagens. Foram mais de 200 trilhas compostas para o cinema, rendendo 3 Oscars, respectivamente por O MAGNÍFICO CROWN (1969),HOUVE UMA VEZ NUM VERÃO (1972) e ainda YENTL (1984). 

Certa vez o cineasta Federico Fellini chegou a afirmar que a música tem um caráter perigoso, pois mexeria tanto com nossos sentimentos a ponto de fazer aflorar até um certo medo. Nesse sentido, vem à mente uma trilha potencialmente fantástica de Michel Legrand que nem mesmo foi muito valorizada, mas que mexe com o nosso interior fazendo com que temamos o que inventamos e amemos aquilo que tememos. Trata-se da trilha sonora do filme de Joseph Losey, O MENSAGEIRO, mostrando a capacidade transcendental que a música exerce e que Michel Legrand soube trabalhar muito bem.