A partir desta publicação, estaremos promovendo uma serie especial mostrando como o jazz tem sido importante para o cinema, tanto como tema de argumento, mas sobretudo ilustrando e marcando uma trilha sonora.
No tempero do jazz existe um sinal da negritude mas também é uma música que promove um ritmo da própria vida. Na história do jazz vamos encontrar um sentimento de resistência, o que conferiu uma identidade triunfante no âmbito do show-business. Impossível não identificarmos no jazz uma música política no sentido mais amplo sentido do termo, mesmo que no âmbito do cinema o filme não tenha um caráter militante. Resgatando um pouco a memória do cinema norte-americano, vamos encontrar em 1927, o filme O CANTOR DE JAZZ, dirigido por Alan Crosland com All Johnson cuja voz cantando The Jazz Singer serve para oferecer o contorno as tomadas que mostram os arranha-céus de Nova Iorque. No cinema, principalmente quando o palco das ações é Nova Iorque, torna-se impossível não usar o jazz como trilha sonora. Temos inúmeros exemplos onde o jazz serve não só para alimentar o roteiro, mas também para temperar as cenas de um filme.
Em 1979 tivemos Manhattan, filme de Woody Allen, uma verdadeira declaração de amor de Allen à Nova Iorque. A música de George Gershwin é robusta, ao mesmo tempo em que se mostra como melhor acompanhamento para as cenas sobre a cidade. A música intitulada Mine, apresenta todo o balanço jazzístico da capital do mundo, podendo ser oferecida como um irretorquível exemplo do que o jazz pode fazer por um filme.