CINEMA PARADISO (1988)

Enviado por admin em ter, 10/03/2017 - 15:16
Trilha sonora do filme  Cinema Paradiso composta por Ennio Morricone

Em 2007, quando esteve pela primeira vez no Brasil para participar de um concerto, Ennio Morricone não incluiu no programa a música do filme CINEMA PARADISO. No intervalo do concerto, foram feitos apelos a Il Maestro que concordou e, a segunda parte do concerto, iniciou com CINEMA PARADISO. Já por ocasião de seu retorno ao Brasil em 2008, Morricone incluiu no programa a trilha, principalmente pelo fato de que até ele mesmo sempre reconheceu o filme de Tornatore como uma autêntica obra de arte. A trilha sonora foi premiada com o Bafta da Inglaterra e também o David Donatello da Itália, como melhor trilha sonora.

O tema principal do filme revela poesia e encantamento e tem a capacidade para nos transportarmos para um mundo mágico permeado por cenas das mais antológicas produções cinematográficas de todos os tempos, assim como aconteceu no final do filme com o personagem Totó, já crescido, assistindo à montagem que havia sido feita, pelo projecionista Alfredo, dos recortes de filmes colecionados através do tempo.

O compositor Ennio Morricone afirmou reiteradas vezes que aceitou compor a trilha sonora de CINEMA PARADISO por ter a absoluta convicção de que se tratava de um autêntico “capolavoro” (obra-prima).

 

 CINEMA PARADISO é uma verdadeira declaração de amor ao cinema, ao mesmo tempo em que mostra também o fim das grandes salas de cinema, fato este que começou a ocorrer no final da década de 1970, começo dos anos 1980. As grandes salas de cinema de todo o mundo praticamente desapareceram, transformando-se em shoppings, bancos, estacionamentos, enfim o cinema começou a migrar para o interior dos grandes centros comerciais.

Na cena final do filme, o personagem Totó, já adulto, mergulha no passado pegando o rolo de filme que Alfredo havia montado e resolve assisti-lo, aflora então profunda emoção. Na cena onde aparece o projecionista acertando o filme na máquina, é o diretor do filme Giuseppe Tornatore, numa aparição hitchcockiana. A cena final, à medida que desfilam as cenas de pedaços de filmes, a música de Morricone é carregada de um lirismo e profunda emoção que é impossível permanecer insensível.