Pino Donaggio, o cantor consagrado dos anos sessenta, a partir da década de setenta se transforma em compositor de trilhas. Para desenvolver seu trabalho, Pino Donaggio passou a contar com uma importante colaboração do seu ex-colega de escola, o maestro Natale Massara. Donaggio tinha claro que seria um tanto quanto difícil ele viver em função do cinema italiano que não pagava bem em termos de trilhas, sempre com orçamentos reduzidos. Desta forma, ele não titubeou quanto em alargar seus horizontes na música no cinema.
A partir de CARRIE, A ESTRANHA, nascia uma parceria que renderia outros trabalhos de relevo como VESTIDA PARA MATAR, DOUBLÊ DE CORPO, UM TIRO NA NOITE, SINDROME DE CAIM e outros. Certa vez numa entrevista, o cineasta Brian De Palma chegou a fazer a seguinte colocação: "Pino Donaggio sempre soube descobrir soluções musicais que corresponderam à expectativa. Ele como ninguém, sempre mantendo aquele toque cordial de doçura e lirismo valorizando meus filmes ".
Vamos posicionar devidamente as coisas sobre Pino Donaggio, ele na verdade iniciou seus estudos no Conservatório de Veneza, concluindo-os no Conservatório Verdi de Milão. Nesse Conservatório de Milão, Donaggio teve a oportunidade de trabalhar com Cláudio Abbado. Na verdade, Donaggio estava determinado a seguir uma carreira na música erudita, interrompida justamente por causa do rock no início dos anos sessenta. Com a sua música IO CHE NON VIVO, Donaggio conseguiu a expressiva marca de 80 milhões de discos vendidos.
Pino Donaggio tem um acervo de mais de 200 trilhas sonoras compostas e já arrebatou vários prêmios.
Seu mais recente trabalho para o cinema retoma a parceria com o cineasta Brian De Palma por ocasião do thriller DOMINÓ, cuja estreia acontece apenas em 2019.