Se alguém simplesmente disser que o filme se trata de uma expedição que acontece na Groenlândia, muitos poderão pensar que seria entrar numa “fria”. Agora, se essa expedição que aconteceu na Dinamarca no ano de 1909, quem sabe poderá interessar um pouco. Bem, se dissermos que o fato se deve a uma lenda criada em torno do que era conhecido como Canal de Peary, descoberta reivindicada pelos americanos, pode ser que interesse mais ainda. Trocando mais em miúdos, podemos então dizer, que na realidade esse tal de canal de Peary acabou ficando conhecido como um erro cardiográfico. Para realçar o cunho cinematográfico do fato, basta dizer que foram necessários vinte anos para corrigir esse erro, que custou a vida de um famoso explorador dinamarquês. Diante desses fatos, surge então a figura do explorador polar Ejnar Mikkelsen, que ganhou fama com expedições para Groenlândia e que encarou o enorme desafio de provar o erro cartográfico do aventureiro americano Robert Peary. Quando o diretor dinamarquês Peter Flinth foi escolher as locações para o filme CONTRA O GELO, ele percebeu o que impulsiona um explorador, mesmo em situações rigorosamente adversas e desafiadoras num mar de gelo. Quando o explorador Mikkelsen (Nikolaj Coster-Waldau) partiu para sua expedição, ele teve apenas na figura de Iversen ( Joe Cole) como o único a encarar o desafio de enfrentar o gelo e quem sabe a própria morte. Uma aventura de 865 dias no gelo e muito bem reproduzida em 1 hora e 42 minutos de filme, em que dois personagens concentram as atenções que em certos momentos provocam calafrios, em meio a geleira. O único momento para suspirar no filme é proporcionado pela participação da personagem Naja, protagonizada pela atriz finlandesa Heida Reed. Uma personagem criada pelo diretor, para que pudesse abastecer a imaginação de Mikkelsen, justificando suas alucinações. CONTRA O GELO, a nossa dica cinematográfica disponível na plataforma Netflix.
