Quando falamos em duelo na tela, logo nos vem à mente a imagem entre o mocinho e o bandido parados no meio de uma rua empoeirada em posição de confronto. Mas no cinema, este tema transcende o gênero western e torna-se muito mais abrangente, a partir do momento em que imaginamos uma infinidade de outras situações que configuram um duelo. Para não frustrarmos quem logo imaginou os filmes de western, poderíamos invocar a produção dos anos 50, assinada pelo diretor Fred Zinnemann MATAR OU MORRER, com Gary Cooper no papel do xerife Kane, que uma vez abandonado pela população, tem que enfrentar sozinho um bando que vai chegar de trem. Mas uma das cenas mais primorosas de duelo já vividos no gênero western foi por ocasião do filme dirigido por Sergio Leone, O BOM, O MAU E O FEIO. Aquele duelo final entre os personagens protagonizados por Clint Eastwood, Lee Van Cleef e Eli Walach é de uma perfeição pictórica, além do clima “hitchcockiano” que o diretor italiano soube criar com enorme competência. O bailado dos protagonistas acompanhado pela maestria da música de Ennio Morricone.
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