Este é o titulo do filme dirigido pelo sueco Ruben Östlund que mostra uma família (marido, mulher e duas crianças) que resolvem passar uma semana de férias numa estação de inverno. Mal sabem eles que na realidade estão indo para uma estação do inferno. Numa manhã ensolarada, a família toma o café da manhã na parte externa do hotel, com uma linda vista para a montanha de gelo. O que parecia apenas mais uma linda manhã, após um estrondo, acontece uma incrível avalanche que pega de surpresa, todos os hóspedes. Inclusive Thomas, o marido, que diante da avalanche, simplesmente larga a mulher com os dois filhos e corre em busca de proteção. Bem, a avalanche não passou de um susto, ela acabou sendo apenas o prenúncio de uma segunda avalanche, esta de ordem interna no íntimo de cada um da família e que terá impressionantes desdobramentos. O filme mostra a avalanche que toma conta do relacionamento do casal. O que levaria um pai abandonar a mulher e os filhos na hora de um desastre? O instinto natural da sobrevivência ou o egoísmo? Como fica a imagem que os filhos têm do pai, quanto a ser o super-herói, depois de um fato como esse? E a esposa, será que esse homem foi o mesmo daquele do casamento que consagrou uma união tanto na alegria como na tristeza? Tudo isso e muito mais, explorado com muita competência neste filme aparentemente despretensioso, que poderia até mesmo estimular uma discussão sobre choque de culturas, diante de diferentes ângulos de observação. Mas afinal, que força maior é essa que habita dentro de cada um de nós ?
A trilha sonora foi composta por Olaf Fløtum que na cena mais impactante do filme, utiliza uma versão para acordeão das Quatro Estações de Vivaldi.