AS INJUSTIÇAS DO OSCAR NA MÚSICA -PARTE 5.

Enviado por admin em ter, 02/20/2018 - 23:37
Em 1972 tivemos então o célebre caso em que a trilha que seria escolhida como a melhor do ano, seria a do filme O PODEROSO CHEFÃO composta por Nino Rota. Acontece que a Academia recebeu a informação de que o compositor italiano Nino Rota já teria utilizado acordes de O Poderoso Chefão em trabalho anterior.

Em 1972 tivemos então o célebre caso em que a trilha que seria escolhida como a melhor do ano, seria a do filme O PODEROSO CHEFÃO composta por Nino Rota. Acontece que a Academia recebeu a informação de que o compositor italiano Nino Rota já teria utilizado acordes de O Poderoso Chefão em trabalho anterior. Foi quando o compositor nino Rota confessou que dois anos antes, por ocasião do filme OS PALAHAÇOS de Federico Fellini, teria utilizado acordes que lembrariam a música do filme de Coppola. Acontece que o próprio Nino Rota acabou se esquecendo que em 1959, por ocasião do filme FORTUNELLA, ele utiliza várias vezes em ritmos diferentes os mesmos acordes de O Poderoso Chefão, naquilo que seria configurado como um autoplagio. Nem isso seria suficiente, para tirar o brilhantismo da música de O PODEROSO CHEFÃO, que é de uma beleza singular. A Academia então resolveu inovar e aquele prêmio que seria de Nino rota, acabou indo para Charles Chaplin pela música do filme LUZES DA RIBALTA, que a rigor é de 1952. Acontece que Chaplin naquela época estava impedido de entrar nos Estados Unidos por ser perseguido pelo macarthismo. Assim sendo, a trilha que estava reservada para Nino Rota pela música de O PODEROSO CHEFÃO, acabou caindo no colo de Chaplin.

Aliás dois anos depois, por ocasião da sequência O PODEROSO CHEFÃO 2, o prêmio foi dado a dupla Nino rota e Carmine Coppola, quando o pai do cineasta fez alguns arranjos sobre o tema principal. Em represália, Nino Rota não compareceu a festa daquele ano.