O filme de 2022 tem a direção e o roteiro assinado pelo cineasta colombiano Rodrigo Garcia. Raymond (Ewan McGregor) está viajando para encontrar o irmão Ray (Ethan Hawke) a quem não via pelo menos há uns vinte anos. Eles são meio irmãos e Raymond vai comunicar o falecimento do pai. Como ambos não tinham um nenhum relacionamento com o pai e durante o espaço de tempo que ficaram separados chegaram a acumular ódio e mágoas, não sobra nenhuma gota de lágrima para a tristeza com a morte. O pai, antes de morrer, além de ter deixado tudo arrumado na funerária e com o advogado, manifestou no testamento de que fazia questão de que os dois estivessem presentes no seu sepultamento. Relutante a princípio, Ray acaba aceitando viajar com o irmão, principalmente pelo fato de Raymond estar com a sua habilitação vencida. Durante a viagem, duas trocas de mensagens, uma com o dono da funerária e outra com o advogado, praticamente colocam “suspense” quanto ao que ambos teriam a cumprir com relação ao desejo manifestado pelo pai. Se Raymond debita ao pai, o fracasso do seu casamento, já Ray se fosse estimulado a continuar solando o seu trompete, com certeza poderia se dar bem no “jazz”. Se você imagina uma narrativa fúnebre, saiba que a sucessão de fatos que estão para ocorrer, contribuirão para imprimir uma dinâmica diferente ao final da própria história contada. RAYMOND E RAY, a nossa dica cinematográfica disponível na plataforma Apple TV.