O historiador inglês David Irving , interpretado pelo ator Timothy Spall, resolveu comprar uma briga para reescrever a história de Auschwitz sustentando que nenhum judeu morreu em câmara de gás. Com isso ele negava de forma peremptória a existência do Holocausto, não passando o mesmo de um mito criado pelos próprios judeus, com objetivo de conseguir uma compensação financeira para o Estado de Israel.
A historiadora judia Deborah Lipstadt interpretada por Rachel Weisz, no dia do lançamento do seu livro “Negando o Holocausto;O Assalto Crescente à Verdade e Memória”, acaba desafiada pelo historiador britânico a provar a existência do Holocausto. Sentindo-se vitima de uma conspiração em nível mundial cujo objetivo era roubar-lhe a reputação, o historiador David Irving resolveu processar por difamação a Dra. Deborah Lipstadt. Para a batalha judicial ela conta com o conceituado advogado Richard Rampton, interpretado magnificamente por Tom Wilkinson. O estilo de narrativa que o cineasta Mick Jackson imprimiu, se aproxima quase de um documentário, justamente para fugir um pouco da aridez dos filmes sobre tribunais. Quando do julgamento temos então cenas que foram feitas em Auschwitz e o diretor Mick Jackson afirmou numa entrevista que pensou não ter cabeça suficiente para encarar aquele campo de concentração. Segundo o diretor, não há dúvidas de que era um grande complexo industrial para matar pessoas. Um outro aspecto que chama a atenção no filme vem da sua trilha sonora confiada a competência do canadense Howard Shore. Muito diferentemente do estilo rompante de O Silêncio dos Inocentes, Shore optou por suavizar os acordes e com isso imprimiu uma trilha que adquiri uma funcionalidade perfeita e ajuda a reforçar as cenas. Muito provavelmente se você perguntar a uma pessoa sobre a música do filme, ela vai responder: tinha música? Essa é a resposta que mais agrada aos compositores, pois é sinal que os méritos foram divididos de forma democrática e a música não pretendeu concorrer com as cenas.