SEM TEMPO PARA MORRER

Enviado por admin em seg, 11/29/2021 - 10:17
Se no filme SEM TEMPO PARA MORRER, ele deixa no ar a sensação de que algo vai acontecer, já o golpe resolutório fica mesmo para a cena  final como uma tragédia shakespeariana. 

Neste que é o 25º filme da franquia James Bond, a direção e o roteiro é do cineasta Carey Joji Fukunaga. A história mostra que James Bond não consegue se aposentar, já que seu velho amigo Felix da CIA, pede um último favor que seria de localizar uma pessoa desaparecida. O primeiro filme da série que Fukunaga assistiu foi 007 A SERVIÇO DE SUA MAJESTADE, bem por isso essa produção serve de referência e citação nesse novo James Bond. Na produção de 1969, temos a canção We Have All The Time In The World na voz de Louis Armstrong funciona como uma espécie de narrador melódico, presente também em SEM TEMPO PARA MORRER. O novo filme de 007 temos a bonita canção NO TIME DIE na voz de Billie Eulish, que traz a essência do pensamento de James Bond no contexto da história contada. Mas também na parte instrumental, temos muitas aproximações entre as trilhas de 1969,  007 A SERVIÇO DE SUA MAJESTADE de John Barry  e a de Hans Zimmer para SEM TEMPO PARA MORRER. Desde o primeiro filme de James Bond O Satânico Dr. No, o compositor John Barry contava com a participação do guitarrista Vic Flick, solando o tema de James Bond. Flick era integrante desde os anos cinquenta da banda The John Barry Seven. Na nova produção SEM TEMPO PARA MORRER, o compositor Hans Zimmer conta com a participação do guitarrista Johnny Marr solando o prefixo musical da serie. O próprio Hans Zimmer imprime em alguns momentos do filme, o embalo característico da música de John Barry como no tema Matera. Uma produção esmerada a partir das próprias locações para filmagens na Escócia, Noruega, Jamaica,  Itália e Dinamarca. O filme marca a derradeira participação de Daniel Craig como 007 depois de quinze anos. A máxima que Bond defende junto a sua amada, Madeleine, interpretada por Léa Seydoux, temos todo tempo do mundo. O curioso é que esse era o mesmo pensamento de James Bond (George Lazenby) por ocasião de 007 A SERVIÇO DE SUA MAJESTADE. Se no filme SEM TEMPO PARA MORRER, ele deixa no ar a sensação de que algo vai acontecer, já o golpe resolutório fica mesmo para a cena  final como uma tragédia shakespeariana.