Hildur Guònadóttir nasceu na pequena Hafnarfjordur na Islândia no dia 04 de setembro de 1982. Desde muito cedo passou a ter um interesse em estudar violoncelo. Assim como o tamanho do instrumento variou bastante durante os séculos XVI e XVII, a medida que o tempo passava, também crescia de forma surpreendente o seu talento com o violoncelo. A voz, este instrumento humano fantástico, também foi estimulado a partir dos sete anos, cantando em coro, para que mais tarde, nas bandas colegiais pudesse mostrar o seu vigor vocal.
Aos dezesseis anos ficou conhecendo o seu compatriota Jóhann Jóhannsson com quem estabeleceu as primeiras parcerias musicais, acompanhando-o em suas apresentações e participando ativamente das trilhas sonoras desde OS SUSPEITOS de 2013. Foi convidada por Ryuichi Sakamoto para solar o tema de O REGRESSO, filme de 2015. Rapidamente foi amadurecendo e ampliando a sua potencialidade e não se situando apenas num único território da música. Além do cinema, teatro, dança também participa de apresentações tanto em salas de concertos como em shows de rock, quando então Hildur Guðnadóttir esbanja criatividade e talento solando o violoncelo e também soltando sua voz. O violoncelo é o seu instrumento favorito, muito embora também em função do seu trabalho de composição utilize o piano, guitarra, sem contar com o computador, mas claramente foi o violoncelo que permitiu que ela ampliasse o seu horizonte sonoro e tivesse então uma influência decisiva permitindo-a perceber a música de uma maneira muito mais intimista. Bem por isso, muitas vezes, suas composições são vistas com um estilo atonal, mas quando ela mistura por exemplo a voz e o violoncelo, isso acaba propiciando uma química rigorosamente perfeita.
Sua trajetória de compositora de trilhas teve início em 2011 por ocasião do filme THE BLEENDING do cineasta Phillip Gelatt. Mas foi neste ano com a sua trilha sonora para o filme SICÁRIO: O DIA DO SOLDADO, que ela consegue imprimir um estilo onde transita por uma função que se traduz na grande magia de uma trilha sonora, ou seja, expressar aquilo que é impossível o personagem dizer e nem a cena mostrar. Nesse momento é que a trilha emerge com toda a sua funcionalidade, contribuindo para reforçar o próprio discurso da narrativa.
Hildur Guònadóttir, a garota do violoncelo, vai marcar época no cenário da música no cinema.