A Máfia sempre foi e seguramente continuará sendo um prato muito suculento para o cinema. Quando se pensa que a Máfia levou um golpe com a prisão de um chefão, logo surge um movimento dando conta da sua sobrevivência. Os italianos, como não poderia deixar de ser, sempre foram os mais pródigos no sentido de explorar o tema, mas foi o cineasta norte-americano, de origem italiana, Francis Ford Coppola que tornou o gênero com maior visibilidade internacional, através da sequência cinematográfica promovida através de O PODEROSO CHEFÃO, filme baseado na obra de Mario Puzzo.
Será que existiria sempre um mesmo estilo musical para os filmes sobre a máfia? Claro que não, muito embora, quando se pense em contemplar as raízes da música napolitana, daí poderíamos ter um certo denominador comum. Mas a constatação é de que cada compositor com sua característica, seu estilo e sua categoria, procura imprimir um ritmo musical compatível, claro sempre de acordo com a história que está sendo contada. O compositor Nicola Piovani por ocasião do filme O PROFESSOR DO CRIME, de Giussepe Tornatore nos oferece um exemplo musical diferente, porem dentro da sua própria característica melódica. Por exemplo na canção siciliana Rosalia, o ritmo nos remete a pensar num repertório lírico como Tosca de Puccini. Mas, Nicola Piovani com toda a sua sensibilidade conseguiu produzir uma serenata para Rosalia, que se transforma no fundo musical das lembranças do Professor, que em defesa da irmã acaba matando um homem numa briga de rua. Esse Professor que na prisão vai criar a irmandade mafiosa da Camorra napolitana controlando o tráfico de drogas, contrabando , jogo e prostituição.
Nicola Piovani de forma criativa conseguiu produzir uma trilha de extrema funcionalidade para o filme de Tornatore.