Jonathan Barry Prendergast nasceu numa sexta-feira, 03 de novembro de 1933. Ele era o mais jovem entre os homens, tendo ainda uma irmã. Ele começou a tocar piano quando tinha nove anos . O pai dele tinha um projetor e quando das exibições, ele ficava ao piano entoando acordes, como se fosse uma trilha sonora para aquele filme que estava sendo exibido. Em 1955 ele se alistou no exército e esteve no Egito e também no Chipre, só que ao invés de pegar em armas, ele pegava o instrumento musical e tocava para os recrutas companheiros. Em 1957 John Barry cria uma banda de rock e jazz, cujo nome era John Barry Seven. A entrada de John Barry para o cinema aconteceu em 1960, por ocasião do filme estrelado por Peter Sellers, NEVER LET GO veio ainda na seqüência um outro trabalho para The Amorous Mr. Prawn , de 1962. Neste mesmo ano, a convite do diretor Terence Young, John Barry foi trabalhar com o músico Monty Norman que ficou com os créditos da trilha sonora do primeiro filme da série de James Bond, O SATANICO DR NO.
O ano de 1966 torna-se muito especial para John Barry, primeiro ele se casa com a cantora e atriz francesa Jane Birkin. E no cinema, acaba faturando dois Oscars, pelo trabalho em A HISTÓRIA DE ELZA, melhor canção e melhor trilha.
John Barry nunca escondeu sua preferência por algumas trilhas da famosa Idade de Ouro da Música no Cinema, como AS AVENTURAS DE Robin Hood de Erich Wolfgang Korngold, O TESOURO DE SIERRA MADRE de Max Steiner, alem claro de Alfred Newman que impressionava Barry pela capacidade de produzir em apenas um ano, sessenta trilhas para o cinema, um feito olímpico. Como não valorizar os acordes de Bernard Herrmann, como deixar de mencionar o talento de Franz Waxman. Bem, Barry sabia identificar perfeitamente bem, quem foram os melhores da música no cinema. Mas o que mais encantava Barry era saber que os grandes estúdios, cada um tinha sua própria orquestra, empregando aproximadamente 80 músicos, o que era verdadeiramente extraordinário.
A partir dos anos 70, o maestro começa a se desvincular da série Bond, que passa a utilizar-se do trabalho de outros compositores.
O início da década de 80 não poderia ser melhor para Barry, que criou uma de suas obras primas, que não por acaso é um dos maiores sucessos românticos da história da música de cinema: "Em Algum Lugar do Passado".
John Barry foi daqueles compositores que não se intimidavam ao trocar idéia com o diretor sobre um determinado aproveitamento de uma determinada música, para uma determinada cena. Aliás, a relação diretor e compositor sempre foi objeto de muita especulação e polêmica. Muitos acham que o diretor tem controle absoluto sobre tudo que acontece no filme, mas na parte musical, o compositor, como John Barry sempre teve uma certa autonomia, mas que nem por isso permitiu que ele descartasse uma colaboração do diretor quanto a uma idéia de como aproveitar uma música. Por exemplo em ENTRE DOIS AMORES, uma determinada cena estava intrigando o diretor Sydney Pollack, nesse instante Barry conseguiu captar exatamente o que o cineasta pretendia, o trabalho funcionou perfeitamente bem.
O longo de sua trajetória de compositor de trilhas, recebeu 17 prêmios, dentre os quais 5 Oscars pelas músicas de (A HISTÓRIA DE ELZA - canção e trilha instrumental em 1967, O Leão do Inverno em 1968, Entre Dois Amores de 1986 e Dança com Lobos de 1993).
John Barry assinou mais de 100 trilhas para o cinema, além de trabalhos para a televisão.
John Barry teve o desprazer de ter seus trabalhos rejeitados em cinco oportunidades, para os filmes: O Encontro de 1969, O Rapto do Menino de Ouro de 1986, O Príncipe das Marés de 1991, O Guarda—Costas de 1992 e Misteriosa Paixão de 1998.
John Barry faleceu no dia 30 de janeiro de 2011 aos 77 anos, vítima de um ataque cardíaco.