ASSASSINATO NO EXPRESSO ORIENTE.

Enviado por admin em dom, 02/18/2018 - 08:56
Em 2017 a refilmagem sob a direção de Kenneth Branagh que também desempenha o papel de Hercule Poirot. Um elenco menos expressivo que o de 1974, mas com muitas estrelas como Penelope Cruz,Willen Dafoe, Johnny Depp, Michelle Pfeiffer, Judi Dench entre outros.

Um fenômeno literário inquestionável, mas sobretudo de produzir obras que se caracterizam como autênticos roteiros cinematográficos. Bem por isso quando lançou seu livro Assassinato no Expresso Oriente em 1934, ele foi logo transportado para as telas do cinema, numa produção dirigida por Paul Martin, com o detetive Herbert Thomas Peters, que mais tarde viraria Hercule Poirot, sendo interpretado por Herbert Mundin. ASSASSINATO NO EXPRESSO ORIENTE rendeu 11 filmes para o cinema, além de 16 para a televisão. A versão mais notória foi a produção de 1974, dirigida por Sidney Lumet com Hercule Poirto magnificamente interpretado por Albert Finney. Um elenco digno de Hollywood complementado por Lauren Bacall, Martin Balsan, Ingrid Bergman, Jacqueline Bisset, Jean Pierre Cassel, Sean Connery, John Guilgud, Vanessa Redgrave, Anthony Perkins, Richard Widmark entre outros. O filme custou um pouco mais de 5 milhões de dólares e rendeu mais de 35 milhões. Uma trilha sonora magistralmente composta pelo inglês Richard Roadney Bennett. Em 2017 a refilmagem sob a direção de Kenneth Branagh que também desempenha o papel de Hercule Poirot. Um elenco menos expressivo que o de 1974, mas com muitas estrelas como Penelope Cruz,Willen Dafoe, Johnny Depp, Michelle Pfeiffer, Judi Dench entre outros. A trilha sonora coube ao escocês Patrick Doyle. O filme pelo próprio orçamento mostra um visual mais arrojado e requintado, uma primeira classe, pois a produção consumiu aproximadamente 55 milhões, faturando em menos de três meses mais de 100 milhões de dólares. 

No filme Poirot ( Kenneth Branagh) justifica que está de férias, porém se mostra extremamente cansado e até estressado. Sem a mesma ironia picante de Albert Finney em 1974, a novidade desse Poirot é a sua arma inesperada, uma bengala de múltiplas funções. O filme em certos momentos demonstra a mesma fadiga do inspetor Poirot, mas como se fosse uma locomotiva, logo imprime uma velocidade. Por outro lado, a trilha sonora de Patrick Doyle, em que pese a competência nacionalista de contemplar o ritmo de cada localidade, ela imprime uma velocidade de “réquiem”, como que a espelhar o mesmo cansaço de Poirot. Não teve o mesmo vigor da música de Bennett e com isso perdeu a chance de marcar sua presença em cena. A novidade foi a introdução de uma canção interpretada por Michelle Pfeiffer que já tinha demonstrado seus dotes vocais em outras oportunidades como em SUZY E OS BAKER BOYS.

Por fim os produtores deixam no final um recado, vem mais por aí e a próxima atração é MORTE SOBRE O NILO.