Ryland Peter Cooder, ou se você preferir o seu nome artístico, Ry Cooder. Ele nasceu em 15 março 1947 em Los Angeles, Califórnia já aos quatro anos de idade tocava violão para orgulho dos pais que estimularam a sua inclinação musical. Na adolescência tocou com o renomado Jack De Shanon e chegou a formar um conjunto intitulado Rising Sons with Taj Mahal . Ry Cooder é um dos grandes ativistas da música popular norte-americana, seus trabalhos para o cinema, evidenciam raízes regionais que muitas vezes, oferecem contornos apurados as paisagens cinematográficas. Em 1980 ele se torna amigo do cineasta Walter Hill, que o convida para fazer a trilha sonora do seu filme A CAVALGADA DOS PROSCRITOS. Muito bem, depois dessa experiência instigante, Ry Cooder parece que tomou gosto pela experiência do cinema e abraçou outros projetos que vieram, basicamente numa sequência. Em 1981, O CONFRONTO FINAL, sob a direção do amigo Walter Hill, com um elenco formado por Keith Carradine e Peter Coyote.
A carreira de Cooder no cinema parece engrenar e outros nomes da direção aceram-lhe com um trabalho como o conceituado Tony Richardson que dirigiu FRONTEIRA DA VIOLÊNCIA, onde a música de Cooder assume um papel extremamente importante, no sentido de incrementar a narrativa cinematográfica.
Em 1984 mais um convite para o cinema e partiu do amigo Walter Hill que já estava acostumado ao trabalho de Cooder. Foi por ocasião do filme RUAS DE FOGO com Michael Pare e Willen Dafoe. No mesmo ano de 1984, um outro convite de um outro importante nome do cinema, Wim Wenders, desta feita para fazer a trilha de PARIS TEXAS, que acabou se transformando no seu trabalho de maior expressão. No elenco do filme temos Natassja Kinski e Harry Dean Stanton. O filme foi agraciado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes.
No ano seguinte, 1985, Ry Cooder já detinha um reconhecimento muito importante não spo dos críticos, mas sobretudo dos produtores de Hollywood. Tanto assim que pela primeira vez ele iria trabalhar com um cineasta europeu de enorme prestígio, Louis Malle, por ocasião do filme A BAIA DO ÓDIO, filme estrelado por Ed Harris e Amy Madigan.
Em 1986, Ry Cooder é convidado pelo amigo Walter Hill para um outro projeto que se encaixava perfeitamente nas suas raízes musicais. Trata-se de A ENCRUZILHADA. No elenco as presenças de Ralph Macchio e Joe Sêneca.
Ainda em 1986, um outro projeto interessante atraiu Cooder, que foi o filme CIDADE CORROMPIDA, sob a direção de Michelle Manning com Ally Sheedy e Judd Nelson.
Cooder estava muito envolvido com o cinema e quase esquece sua carreira de músico, cantor, violonista e voltou a gravar seus discos. Seu retorno ao cinema acontece então em 1989, por ocasião do filme UM ROSTO SEM PASSADO, dirigido pelo amigo Walter Hill com Mickey Rourke e Ellen Barkin no elenco.
Novamente Walter Hill em 1992 está nas telas com OS SAQUEADORES, policial estrelado por Bill Paxton e Icce T.
No ano seguinte, em 1993, Cooder é convidado pelo amigo Walter Hill para fazer um western, estrelado por Wes Study, Gene Hackman, Robert Duvall, mais um interessante desafio na sua carreira. GERONIMO, UMA LENDA AMERICANA. Foi um trabalho bastante elogiado pela crítica que gerou um álbum que acabou indicado e levou o Grammy.
Em 1996 o músico Ry Cooder aterrissa em Cuba para uma temporada de apresentações, inclusive com direito a tocar com o pessoal do Buena Vista Social Club. De volta para os Estados Unidos, o amigo Walter Hill já o esperava para juntos estarem em O ULTIMO MATADOR, filme estrelado por Bruce Willis. Hill rejeitou o trabalho de Elmer Bernstein pois queria contar com Ry Cooder novamente.
Em 2016 Ry Cooder produziu a trilha sonora do documentário A Grande Viagem do cineasta russo Timur Nurulin. No ano passado Ry Cooder esteve em Londres onde recebeu um prêmio especial da Rádio BBC pelo conjunto da sua obra.
Uma das trilhas antológicas de Ry Cooder continua sendo a do filme de Wim Wenders PARIS TEXAS.