
Muitas vezes nem mesmo prevalece o pensamento do diretor do filme sobre a música, pois existe muita ingerência a partir dos próprios produtores e do estúdio. Em 1973 o cineasta William Friedkin estava se preparando para dirigir o clássico do cinema de terror O EXORCISTA. A trilha sonora havia sido encomendada junto ao compositor argentino Lalo Schifrin, porém os executivos da Warner ficaram assustados até mesmo com a música que Lalo Schifrin havia composto para o trailer do filme, recomendando então ao diretor para que ele conversasse com o compositor Lalo Schifrin pedindo que pegasse menos pesado na trilha. O cineasta William Friedkin no entanto preferiu descarta o compositor Lalo Schifrin que logo após este episódio, chegou a creditá-lo a uma reação de vingança por parte de Friedkin por diferenças entre ambos no passado. A proposta musical que Schifrin havia concebido para o filme, estava estruturada a partir de uma peça musical Polymorphia do compositor polonês Penderecki, que a rigor, mais tarde seria utilizada pelo cineasta Stanley Kubrick na trilha sonora do seu filme O ILUMINADO.
O cineasta William Friedkin preferiu então montar uma seleção musical, cuja única peça original foi a música composta por Jack Nitzsche, utilizada de forma adicional, já que o eixo musical parte da composição de Mike Oldfield TUBULAR BELLS, que ficou como uma espécie de tema título. Na trilha de O EXORCISTA, tivemos ainda o aproveitamento de peças de Penderecki, Anton Webem, George Crumb e Hans Werner Henze. Mas, trocando em miúdos, quando se fala sobre música do filme O EXORCISTA a primeira associação é da música de Mike Ooldfield, TUBULAR BELLS.